Luís Pereira, Author at Fair Play - Página 2 de 11

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Luís PereiraDezembro 6, 20215min0

Lewis Hamilton venceu o inaugural GP da Arábia Saudita e vai para a última corrida da temporada em igualdade pontual com Max Verstappen. Se a época de 2021 estava a ter muitas polémicas e corridas a fazer correr muita tinta, então o GP da Arábia Saudita é a cereja no top do bolo. A corrida foi caótica, com drama, bandeiras vermelhas, toques entre os candidatos ao título e muita falta de maturidade.
Depois de uma qualificação marcada pelo erro na última curva de Max Verstappen, foi Lewis Hamilton que arrancou da pole, num arranque limpo sem qualquer incidente de registar.

Na frente ia a dupla da Mercedes, seguidos pelo Red Bull de Verstappen, com o Ferrari de Leclerc a ser perseguido pelo outro Red Bull. Tudo estava relativamente sossegado, com pouca ação, até que na volta dez Mick Schumacher bateu forte, o que motivou a entrada do Safety Car.

Isso levou alguns pilotos a aproveitar e parar para fazer a troca de pneus, como a dupla da Mercedes e Lando Norris. Verstappen achou que tinha sido muito atrasado por Bottas, então decidiu ficar em pista, assumindo a liderança.

Só que os danos na barreira eram demasiados e levou a uma bandeira vermelha. A vantagem estava agora do lado do neerlandês. O recomeço foi caótico. Hamilton arrancou melhor, mas Verstappen, para não ceder a posição, cortou a curva, o que levou o britânico a ações evasivas, o que o faria perder uma posição para Ocon. Atrás, um ligeiro toque de Leclerc em Perez levou o Red Bull às barreiras e Mazepin foi contra a traseira de Russell. Mais uma bandeira vermelha.

Max estava na frente, mas uma vez que tinha cortado a curva, teria de ceder posição. Então a direção de corrida sugeriu que o neerlandês arrancasse atrás de Hamilton. No terceiro arranque da noite o ainda campeão do Mundo arrancou bem, tentou segurar a posição a Ocon, mas deixou-se passar por Verstappen. Hamilton caiu para trás de Ocon, mas passou-o na volta seguinte.

Agora era luta em pista pelos pretendentes ao título. Era também uma luta de estratégias, com o Red Bull a ter pneus médios, enquanto o Mercedes tinha os duros. Enquanto isso muitos destroços na pista iam fazendo surgir alguns Virtual Safety Car, o que poderia ajudar os pneus menos duradouros montados no Red Bull. Mas quando a corrida recomeçou o Mercedes parecia mais eficaz.

Foi então o momento que Hamilton aproveitou para tentar ultrapassar Verstappen, com o neerlandês a defender-se de uma forma muito agressiva, cortando, outra vez, a curva, obrigando os dois a sair de pista.

A equipa deu ordem a Verstappen para deixar passar Hamilton, mas para fazer isso sem perder o britânico de pista, decidiu fazê-lo na reta, numa manobra duvidosa. Hamilton, que não sabia o que se estava a passar, e não queria ir para aquela fase da pista e dar DRS ao rival, também travou. Com esta confusão Hamilton bateu na traseira do Red Bull, mas felizmente sem males maiores para nenhum dos dois.

A confusão estava instalada e uma vez que não houve devolução da posição, Max foi penalizado em cinco segundos por ter cortado a curva.

Foi aí que o piloto da Red Bull tentou novamente ceder a posição, num bom local, porque voltou a passar o adversário quase imediatamente, mas isso já não faria ele perder a penalização. A luta em pista continuava, mas o andamento do Red Bull ia perdendo eficácia, e na volta 44, o britânico da Mercedes fez uma ultrapassagem musculada, para apimentar ainda mais o clima.

A partir daí não houve mais incidentes, com Hamilton a ir, sem problemas, rumo à sua 103ª vitória na F1. Verstappen ficou em segundo, e levou mais 10 segundos de penalização pelo incidente onde travou para ceder o lugar a Hamilton.

A manobra foi considerada perigosa pelos comissários e apesar de tudo o piloto da Red Bull devia sentir-se felizardo por ter escapado apenas com essa penalização. Com isto vamos ter a última corrida do ano a ser disputada com igualdade pontual no topo da classificação, algo que não acontecia desde 1974, quando Emerson Fittipaldi venceu o título de Campeão para a McLaren.

Espera-se um final de temporada com bastante emoção, mas que tenha pouca polémica e que seja uma luta justa e limpa em pista pelo campeão do Mundo de F1 de 2021.

GRANDE PRÉMIO DA ARÁBIA SAUDITA

CAMPEONATO DO MUNDO DE PILOTOS

CAMPEONATO DO MUNDO DE CONSTRUTORES

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Luís PereiraNovembro 22, 20213min0

Lewis Hamilton dominou o GP do Qatar e conseguiu aproximar-se de Max Verstappen na luta pelo título, naquela que foi a penúltima corrida desta temporada formidável de Fórmula 1. O piloto britânico continuou a demonstrar o fabuloso andamento que já tinha apresentado no Brasil, e dominou a corrida de forma clara, que começou a mostrar o seu domínio logo no início, arrancando da pole sem oposição, realizando uma soberba qualificação em que deixou todos os seus adversários a cair por terrra. Gasly e Alonso arrancaram atrás de Hamilton, mas cedo se viram a ter de lutar para defender as posições de Verstappen.

O piloto holandês ainda esperava conseguir mais do que um lugar no pódio, mas o andamento de Hamilton estava a ser simplesmente demasiado alto e nada que o piloto da Red Bull tentasse era suficiente para ameaçar o piloto britânico, tendo até estado longe do 1º lugar em termos de tempos.  Apesar de não se ter conseguido aproximar-se de Hamilton, Verstappen conseguiu minimizar estragos, não só por ficar em segundo lugar, mas também por ainda ter conseguido fazer a volta mais rápida, ganhando um ponto extra.

Em terceiro lugar ficou Fernando Alonso. O espanhol está de volta aos pódios na F1, coisa que não acontecia desde 2014, na altura ainda piloto da Ferrari, realizando no Qatar uma grande corrida, gerindo de forma fantástica o ritmo e os pneus, parando apenas uma vez, com toda aquela atitude normal e própria de um dos campeões do Mundo ainda em pista na F1.

Para ficar no pódio o espanhol ainda aguentou um ataque de Sérgio Pérez, sem que o mexicano tivesse tido hipótese de lutar pelo 3º lugar, já porque no final houve algum drama, motivado por falhas nos pneus de alguns pilotos, o que provocou um Virtual Safety Car no final da corrida. Lembrar ainda que Valteri Bottas seguiu em 3º lugar até à 33ª volta, altura em que o seu pneu esquerdo da frente arrebentou, forçando-o a perder vários lugares e a energia necessária para continuar a lutar por um lugar mais alto na classificação.

Em relação aos top-5, Ocon ficou em quinto lugar, a completar aquilo que foi um ótimo resultado para a Alpine.

Lewis Hamilton é que ficou contente por ter conseguido não só a vitória, mas também pela nova competitividade da Mercedes, que parece ser o carro mais rápido atualmente. Com este resultado a luta pelo título deve ir mesmo até à última corrida, esperando-se agora uma resposta da Red Bull nas duas corridas que restam.

GRANDE PRÉMIO DO QATAR

CAMPEONATO DO MUNDO DE PILOTOS

CAMPEONATO DO MUNDO DE CONSTRUTORES

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Luís PereiraOutubro 10, 20213min0

Valteri Bottas venceu o GP da Turquia, mas quem ficou a sorrir foi Max Verstappen, já que a a classificação final proporcionou o retorno à liderança do Campeonato Mundial de pilotos ao neerlandês, com apenas alguns pontos de vantagem… mas o que se passou mesmo durante este fim-de-semana de prova? Bem, Bottas largou do primeiro lugar da grelha, depois do seu companheiro, Lewis Hamilton, ter cumprido penalização por troca de componentes do motor, já que foi o britânico a terminar em 1º na qualificação.

A corrida ocorreu em condições de pista molhada, mas sem muitos incidentes, uma vez que a chuva não foi muito forte, nem teve períodos de cadência alta. Uma vez que as condições se mantinham constantemente em piso molhado, sem piorar, os pilotos mantinham-se em pista com pneus intermédios e a tentar descobrir qual seria o melhor momento para parar.

Para o finlandês foi uma corrida simples, em que de uma forma madura e calma, foi gerindo as emoções e voltas, sem dar hipótese a ninguém, naquilo que foi uma vitória justa para o experiente piloto, que fez tudo o que precisava para chegar à primeira vitória do ano.

Mas pode-se dizer que o outro grande vencedor do dia foi Max Verstappen. O piloto da Red Bull ficou no segundo lugar e voltou à liderança do campeonato, como já referimos. Numa pista onde a Mercedes tinha mostrado andamento superior, o neerlandês tinha de garantir que iria ganhar pontos ao sete vezes campeão Mundial. E foi exatamente isso que fez.

Para a Red Bull foi um ótimo resultado, com Perez a fechar o pódio, tendo assim ambos os pilotos chegado ao pódio. Leclerc ainda tentou lutar pelos lugares cimeiros, mas teve de se contentar com o quarto posto, numa corrida onde a Ferrari mostrou ótimo andamento.

Lewis Hamilton ficou em quinto, nada satisfeito com a estratégia da equipa. Depois de ter arrancado na 11ª posição da grelha, o britânico lutava para tentar chegar ao pódio, no qual chegou a estar muito perto de chegar. A ideia do piloto britânico passava por não parar para trocar de pneus, mas a Mercedes decidiu que era melhor ir às boxes para uma troca. O resultado dessa decisão, significou que Hamilton ficaria apenas no top 5 e fora do pódio, perdendo a liderança do campeonato, estando agora atrás de Max Verstappen, com Valterri Bottas a aproximar-se.

Em sexto ficou Pierre Gasly (que curiosamente manteve os mesmos pneus do princípio ao fim da prova), na frente de Norris, num fim de semana pouco competitivo da McLaren. Quem teve um fim de semana de alta qualidade foi Sainz, que não ficou mais à frente na classificação por uma má paragem da Ferrari.

O campeonato continua ao rubro e ainda não se consegue prever quem terminará por cima.

GRANDE PRÉMIO DA TURQUIA

CAMPEONATO DO MUNDO DE PILOTOS

CAMPEONATO DO MUNDO DE CONSTRUTORES

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Luís PereiraSetembro 6, 20213min0

Max Verstappen dominou o Grande Prémio dos Países Baixos, vencendo pela primeira vez em “casa”. Foi uma enorme festa para os muitos neerlandeses presentes nas bancadas do circuito de Zandvoort, ainda para mais, na primeira vitória de um em solo caseiro. O piloto da Red Bull, que arrancou da pole, conseguiu ter resposta para todas as estratégias que a Mercedes tinha.

A Mercedes arrancava com ambos os pilotos atrás de Verstappen, então pensou em dividir estratégias para tentar chegar à vitória. Hamilton seria o principal perseguidor, com Bottas a ir mais longo e tentar aguentar Verstappen atrás. Em teoria seria uma estratégia que até poderia funcionar, se bem executada, mas o problema era a velocidade do Red Bull e do piloto da casa.

Lewis Hamilton bem tentava manter-se perto, mas sem sucesso, então tentaram parar mais cedo, para ganhar posição em pista, já que é notoriamente difícil ultrapassar. Só que a paragem da Mercedes foi muito lenta e a da Red Bull muito rápida. Ficava a esperança depositada na capacidade de Bottas aguentar, com pneus mais gastos, enquanto Max Verstappen já circulava com pneus novos.

O holandês queria mesmo vencer em casa e a resistência do piloto finlandês da Mercedes pouco durou, com o neerlandês a passar facilmente por ele e a garantir assim o 1º lugar.

Com isto a expectativa da Mercedes ficava reservada numa nova tentativa em parar mais cedo do que a Red Bull, só que, mais uma vez, não funcionou, pois o ainda campeão do Mundo ficou atrás de Verstappen e teve até de parar novamente para pneus frescos, de modo a conseguir ganhar o ponto extra da volta mais rápida.

Com esta vitória, Max Verstappen volta à liderança do Campeonato do Mundo de pilotos e dá um grande golpe na moral da Mercedes. Hamilton sentiu que não tinha mais nada para dar e que ele e a Mercedes têm de ser mais rápidos na box e em pista se querem ser campeões.

Valteri Bottas ficou em terceiro, completando o pódio e fez o jogo de equipa que lhe foi pedido até que o finlandês fez a volta mais rápida a duas voltas do final, apesar dos pedidos para não o fazer, o que obrigou Hamilton à tal última paragem.

Em quarto ficou Pierre Gasly, numa corrida solitária e bem sólida. Charles Leclerc ficou em quinto, numa boa corrida para a Ferrari, à frente de Alonso, que foi dos poucos a conseguir ganhar lugares em pista. Sainz ficou em sétimo, na frente de Perez, que, apesar de arrancar da pit lane, conseguiu chegar aos pontos. A fechar os pontos ficaram Ocon e Norris.

A próxima corrida é já esta semana, em Monza, onde se espera mais um duelo entre Verstappen e Hamilton.

GRANDE PRÉMIO DOS PAÍSES BAIXOS

CAMPEONATO DO MUNDO DE PILOTOS

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Luís PereiraAgosto 1, 20214min0

Esteban Ocon conseguiu sobreviver ao drama na Hungria e vencer pela primeira vez um GP de Fórmula 1. Drama foi coisa que não faltou na corrida na Hungria. As previsões davam chuva para o início da corrida, o que prometia apimentar o arranque do Grande Prémio. Com Hamilton e Bottas nas duas primeiras posições, Verstappen logo atrás, e ainda com o incidente de Silverstone na memória de todos, a corrida prometia ter um arranque cheio de emoção.

Só que o arranque não trouxe apenas emoção, mas também o caos para a pista, pois Valtteri Bottas arrancou mal e foi ultrapassado por Norris antes da primeira curva. Ao tentar travar, o finlandês bateu em cheio na traseira do McLaren, o que levou o carro da equipa britânica a bater em cheio no Red Bull de Max Verstappen, danificando-o, e em efeito dominó, também no de Pérez.

Toda esta confusão também levou Stroll a perder o controlo do seu Aston Martin e bater em Leclerc, tirando o Ferrari da corrida. Apesar do dano, o holandês, ainda conseguiu manter-se a correr, mas Bottas, Stroll, Pérez e Leclerc não tiveram tanta sorte.

Os destroços eram imensos e a direção de corrida decidiu interromper a corrida com a bandeira vermelha. Os mais beneficiados disto foram Ocon e Vettel, que de repente se viram em lugares de pódio, apenas atrás do líder, Lewis Hamilton.

Enquanto a corrida estava interrompida foi tempo de as equipas tentarem reparar os carros danificados, principalmente a Red Bull no seu principal bólide e a McLaren com ambos os carros. Ricciardo e Verstappen ainda conseguiram ver os carros em condições mínimas para voltar, mas Norris já não e terminou, assim, de forma inglória para o jovem britânico a sequência de corridas a pontuar.

(foto: formula1.com)

Quando os pilotos regressam à pista para o reatar da corrida, verificou-se que a pista já estava bastante seca, o que levou toda a gente às boxes para trocar de pneus. Todos, exceto um. Todos, exceto Lewis Hamilton.

O campeão do Mundo em título arrancou sozinho, já que o resto do pelotão parou para montar pneus de pista seca. Só que isso mostrou ser uma má decisão, pois ao final da primeira volta também Hamilton teve de parar, só que dessa forma voltou para a pista em último, na 14ª posição.

Era agora uma corrida de recuperação para o britânico. Quem herdou a liderança foi Ocon, que tinha agora de se preocupar apenas com Sebastian Vettel.

Apesar da perseguição e das várias tentativas do alemão, Ocon manteve-se firme e nunca pareceu que a sua liderança estava em risco, até que Lewis Hamilton começa a fazer das suas. Na volta 48, o britânico volta a parar para trocar de pneus e fica com um andamento surpreendente e ao ritmo que andava existia a possibilidade de chegar à vitória. Só que na Hungria ultrapassar é difícil, ainda para mais se o piloto que temos à nossa frente é Fernando Alonso.

Na luta pela quarta posição, o espanhol conseguia colocar o seu Alpine no local certo, fechando sempre a porta a Lewis Hamilton. A espetacular defesa de Alonso não era tanto pela posição em si, mas era uma estratégia de equipa para proteger a liderança do seu colega de equipa e essa estratégia funcionou na perfeição, já que o campeão do Mundo só conseguiu ultrapassar o espanhol a cinco voltas do final.

Acabavam, assim, as esperanças de chegar à vitória, mas não ao pódio. Hamilton facilmente passou por Carlos Sainz, para chegar ao terceiro posto. O lugar no pódio era suficiente para o ainda campeão em título chegar à liderança do Campeonato do Mundo, já que Verstappen, com o carro bastante danificado do toque inicial, só conseguiu terminar em 10º, amealhando apenas um ponto.

Ocon é que foi o piloto mais feliz da tarde, com a sua primeira vitória na F1. Destaque também para Latifi e Russell que terminaram nos pontos, dando os primeiros pontos da época para a Williams, e logo com os dois pilotos.

Agora a Fórmula 1 vai para a pausa de verão e volta apenas no final de agosto na Bélgica.

GRANDE PRÉMIO DA HUNGRIA

CAMPEONATO DO MUNDO DE PILOTOS

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Luís PereiraJulho 20, 20214min0

Uma vitória com muita polémica, mas que aproxima Lewis Hamilton de Max Verstappen, que continua a liderar o Campeonato do Mundo de Fórmula 1. Num fim de semana de muitas emoções, polémica e experiências novas, foi o campeão do Mundo em título quem acabou por sorrir no final.

O piloto inglês veio para Silverstone a saber que tinha de recuperar pontos, para se manter na luta do pelo título de campeão, mas também sabia que este fim de semana iria ser diferente, pois foi o primeiro de três que serviu para experimentar um novo formato de qualificação a ser feita, com início na sexta e o sábado reservado para uma corrida sprint, mais curta que define os lugares na grelha da corrida de domingo.

Na qualificação quem ficou na pole foi Hamilton, mostrando que as melhorias que a Mercedes trazia tinham surgido algum efeito, mas Max Verstappen ficou em segundo, não muito atrás do seu grande rival. No arranque da corrida sprint, o piloto da Red Bull saiu da grelha muito melhor do que o seu homólogo da Mercedes e passou para a liderança. Apesar de muito ter tentado, Hamilton simplesmente não teve andamento para Verstappen. Fica para a história da Formula 1 que Verstappen foi o primeiro piloto a vencer uma corrida sprint, o que lhe garantiu o melhor lugar da grelha para a corrida de domingo.

Na corrida as coisas não podiam começar de forma mais emocionante, nem mais polémicas. Desta vez tanto o campeão do Mundo como o líder do ranking desta época arrancaram bem, com o inglês a tentar várias vezes passar o holandês. A meio da volta aconteceu algo que no fundo toda a gente sabia que era inevitável: Hamilton tentou ultrapassar Verstappen, que fechou a porta, e sem nenhum dos pilotos ceder houve contacto. Foi um toque que originou um acidente de grande impacto para Verstappen, que teve de ir para o hospital por precaução, para ser avaliado.

(foto: formula1.com)

O estrondo foi grande, os detritos imensos, o que originou bandeira vermelha. Enquanto a corrida não começava houve trocas de acusações sobre quem teria provocado o acidente. No final a FIA decidiu punir Hamilton com 10 segundos, penalização essa que não agradou nem à Red Bull, nem à Mercedes.

No recomeço era Leclerc quem liderava, com Hamilton em segundo, seguido de Norris, que levou a melhor sobre Bottas no recomeço. Uma vez que tinha de cumprir a penalização de 10 segundos, Hamilton tentou forçar o ritmo para ultrapassar Leclerc, mas tinha dificuldades para acompanhar o Ferrari.

O monegasco conseguia manter um bom ritmo, e nem dois cortes de potência no motor foram suficientes para o seu perseguidor directo conseguir esboçar um ataque. Para tentar montar um ataque, Hamilton parou antes de Leclec, para cumprir a penalização e com outro jogo de pneus tentar ter ar livre para atacar o pódio e, talvez, uma vitória. Apesar de parar mais tarde e continuar a ter bom andamento, tudo parecia estar a correr bem para a Ferrari exceto por um detalhe: o andamento de Lewis Hamilton.

Hamilton estava a voar com os seus pneus duros e passou Norris e Bottas, fixou-se em apanhar e passar Leclerc, algo que viria acontecer quando a “cortina” se preparava para cair. Na volta 50, na mesma curva onde teve o incidente com Verstappen, Hamilton conseguiu pressionar o monegasco e passou para a liderança.

O público das bancadas de Silverstone ficou ao rubro e o homem da Mercedes venceu pela oitava vez em casa, de uma forma absolutamente épica, ainda que polémica. Leclerc, apesar de uma condução brilhante teve de se contentar com um excelente segundo lugar, na frente de Bottas. Norris ficou em quarto, apesar de ter corrido algum tempo em lugar de pódio, só que uma paragem longa colocou o britânico atrás de Bottas.

Ricciardo fez a sua melhor corrida pela McLaren, conseguindo aguentar os ataques sucessivos de Sainz. Alonso ficou no sétimo posto, mostrando que o espanhol já começa a estar de volta à melhor forma. A completar o top 10 ficaram Stroll, Ocon e Tsunoda.

Desta forma, Lewis Hamilton aproximou-se de  Max Verstappen na luta pelo campeonato, mas de uma forma que fez “estalar o verniz”. Será interessante ver se as disputas em pista se vão manter como em Silverstone, ou se ambos os pilotos terão o cuidado de manter a luta de uma forma agressiva, mas limpa, como fizeram até agora.

GRANDE PRÉMIO DA GRÃ-BRETANHA

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